
M&A no Brasil: Preparar é o que diferencia quem fecha negócios de quem só atrai conversas
O novo ciclo de M&A no Brasil O mercado brasileiro de fusões e aquisições entrou em um novo ciclo. Depois de um período de retração provocado por juros elevados e incertezas macroeconômicas, 2024 e 2025 sinalizam retomada gradual do apetite por transações, impulsionada pela redução da taxa Selic, liquidez de fundos de private equity, busca de consolidação setorial e avanço de empresas médias em agendas de crescimento inorgânico. O que chama atenção é que as operações não estão concentradas apenas em grandes grupos, mas cada vez mais em empresas médias e médias-grandes, que passaram a ser alvo de fundos e players estratégicos em busca de escala, sinergias e novos canais de mercado. Contudo, esse movimento expõe uma realidade crítica: a maioria dessas empresas ainda não está preparada para um processo de M&A.
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O desafio da preparação pré-deal
Uma transação de M&A não começa na assinatura do contrato — ela começa na estrutura da empresa que será avaliada. Para investidores e compradores estratégicos, ativos atrativos são aqueles que oferecem:
- Governança corporativa minimamente institucionalizada
- Informações financeiras confiáveis e auditáveis
- Compliance societário, fiscal, trabalhista e regulatório em dia
- Modelo de negócios escalável e bem documentado
- Gestão profissionalizada e dependência reduzida dos fundadores
Sem esses elementos, a empresa até pode atrair sondagens, mas dificilmente avança para estágios de due diligence e valuation competitivo.
Ou seja, empresas não são compradas — elas se tornam compráveis. A preparação pré-deal é o que transforma um negócio em um ativo transacionável.
Estruturação financeira e governança como pilares
Entre as frentes críticas de preparação destacam-se:
>> Estruturação financeira: organização de demonstrações contábeis, reconciliação de balanços, clareza na formação de margens e geração de caixa, segregação de receitas por unidades de negócio e preparação de business plans que suportem múltiplos de valuation.
>> Gestão de riscos e compliance: saneamento de passivos ocultos, contratos, contingências e práticas trabalhistas ou fiscais que possam comprometer a operação.
>> Governança corporativa: criação de conselhos consultivos, regras claras de tomada de decisão, sucessão, políticas de alçada e gestão de indicadores.
>> Profissionalização da gestão: estrutura organizacional sólida, métricas de performance e independência operacional da figura dos sócios.
Essas medidas reduzem o risco percebido, aumentam a previsibilidade de resultados e elevam o múltiplo que potenciais investidores estão dispostos a pagar. Em muitos casos, empresas que passam por esse processo veem o valuation aumentar significativamente antes mesmo de irem ao mercado.
Quem se prepara, negocia melhor
O cenário atual de M&A no Brasil oferece janelas reais de liquidez e expansão para empresas médias e médias-grandes, mas apenas para aquelas que estiverem preparadas para capturar essas oportunidades.
Negociações bem-sucedidas são aquelas que começam com uma empresa organizada, transparente e governada — e não apenas com uma boa história para contar.
Preparar-se para o M&A não é um custo: é um investimento estratégico que pode determinar não apenas o sucesso da transação, mas o futuro da empresa.
Fernando Castilho
estto | novos negócios